Sabem que, embora ogra,
sou bastante preocupada com alimentação. Com um guri pequeno então,
minha preocupação aumentou. Quero muito que ele goste das
gostosuras que são as frutas e os legumes e comida integral e que
não tenha um paladar acostumado a caldo de carne, condimentos, muito
sal ou muito açúcar. Embora muita gente ache que isso é fazer
criança sofrer ("judiação!"), tenho bastante clareza sobre essas opções e as
faço para a comida de toda a casa e, é preciso dizer, que tem
surtido um efeito bastante positivo. Sem radicalidades mas cheia de
cuidados.
Falando em “sem
radicalidades”, publico esse post pra reunir uns vídeos bacanas sobre o tema exatamente no dia seguinte ao dia em que
João comeu seu primeiro marshmallow industrial verde. :O
Pra começar, apresento dois
vídeos que assisti nos últimos tempos e que falam de uma maneira
bem elaborada e impactante sobre a importância da alimentação dos
pequenos especialmente nos dois primeiros anos de vida. (João fez
dois anos, vou despirocar agora!!! Experimenta essa salsicha, esse
salgadinho fofura e bora pro McDonalds!)
Esse primeiro do
Ministério da Saúde tem um bocado de informação importante de
saber e de colocar em prática, claro. Tem uma coisa que ele fala que
ficou super forte pra mim e que não tem diretamente a ver com os
alimentos que você oferece. Ele fala sobre como o senso de saciedade
das crianças é apurado e como com o tempo a gente cuida de
estraga-lo forçando a criança a comer quando ela indica que não
quer. Fico pensando também como isso transforma o momento da
refeição num malabarismo estafante, fazer criança comer quando não
quer aliás é uma arte muito chata de desenvolver. E se ela indica
que não quer e não comeu nada, na pior das hipóteses, acho, ela
vai se ligar que se deu mal. Fazemos isso muito bem em casa, eu acho.
Não quer, não quer e pronto. Três coisas que eles colocam no vídeo
e que mexi na sequência na nossa organização:
- começar a comer junto na refeição e não mais dar a comida e depois comer – acho bom pra ele começar a comer sozinho e para a refeição virar um momento gostoso, a três;
- oferecer os alimentos em separado para ele provar bem os sabores – eu gosto de comer a comida em composições (tipo, o arroz, o purê de abóbora, alface e a carne numa mesma garfada) e fazia meio isso com ele. Mas acho que a criança conhecer o sabor que cada um tem é legal também – nem sei muito bem explicar porquê mas achei bom;
- e, por último e mais difícil pra mim que sou meio nojentinha, foi inserir miúdos no cardápio. Achei que era lorota mas parece que não. To tentando convencer minha sogra a fazer fígado, por que eu... blargh! Mas já demos coraçãozinho de galinha e ele curtiu!
E uma última coisa é
tomar cuidado para não dizer que “Fulaninho não gosto desse ou
daquele alimento”. O vídeo coloca que a criança tem que
experimentar um alimento pelo menos umas 20 vezes (ou algo assim) e
em diferentes formatos, temperaturas, composições antes de se poder
dizer que de fato ela não gosta. Vivo ouvindo as pessoas falando que
ele não come isso ou aquilo... e volta e meia me pego fazendo o
mesmo.
Esse outro é o trailer
do filme “Muito além do peso” que vou assistir e há de ser
assustador.
Ah, lembrei de mais um
que fala também sobre propaganda pra criança e que é essencial para a discussão por que deixa a coisa
mais grave ao inserir a alimentação no campo de discussão
política. O vídeo tem uma montagem super intencional (que montagem
não é, afinal?!) e assusta todo mundo com as escolhas que vimos
fazendo aparecendo no comportamento das crianças.
Falei pra dedéu. Mal
ae!
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