domingo, 19 de julho de 2009

Deveria?

É quase um equívoco revelar uma receita tão familiar... Esse é, com certeza, o prato mais gordo-gostoso de papai. E olha que o homem é especialista em pratos gordos-gostosos. Mas esse é hit! Todos os meus amigos, na adolescência, sonhavam com esse macarrão. (E olha que o aperitivo de catupiry com alho é uma coisa muuuuito imbatível!!)

Fiz para os amigos com um up. A la outro prato de infância que eu e meus irmãos sempre comíamos num italiano que a gente ia: paillard com fettuccine.

E como diria o personagem: Chega de lira, vamos aos fatos, senhores.

Na receita vai: um bom pedaço de gorgonzola (não compra da pior não que fica com pouco sabor, hein?), um pouco mais de meio tablete de margarina e uma lata de creme de leite. Fiz com bucatini da Barilla que eu sou chique (com penne tricolori é melhor, eu acho). E para acompanhar um filézinho mignonzinho básico temperado com sal e pimenta do reino e salada de tomate temperada com azeite, sal, pimentinha e salsa e cebolinha.

Para o molho é o seguinte (ai, será que meu pai achará uma traição essa minha ação?!): derrete a margarina numa panela daí joga o gorgonzola em pedacinhos e, em fogo baixo, mexe até os dois virarem uma coisa só. A foto de baixo mostra esse momento do processo. Por instantes, vc pensa que não vai rolar deles se misturarem mas rola!!!

Depois joga o creme de leite e mexe bem até os três virarem uma coisa só. Quando pulular as primeiras bolhas, desliga e despeja no macarrão al dente. (Ele não é um molho abundante, é desses que fica grudadinho na massa...)

Eu fiz esse com uma gorgonzola super-barata e super-de-segunda-mão. Por isso ele não ficou tão interessante como de praxe - normalmente ele fica com as manchinhas do fungo do gorgonzola, sá cumé?

Para acompanhar filé de carne combina horrores. Só passado rapidamente na chapa...

O prato completo e o prato vazio - passo seguinte e inevitável da receita.

Um comentário:

  1. Oi Mari!!
    Sem querer encontrei esse texto do Rubem Alves e não resisti em colocá-lo no seu blog.
    Afinal, quem fala de comida mesmo de barriga cheia adora o processo de cozinhar, jogar conversa fora na cozinha...e depois de comer continua falando de comida! Acho que é um jeito de esticar esse tempo...bjs!! Lu

    Qual é o lugar mais importante da sua casa? Eu acho que essa é uma boa pergunta para início de uma sessão de psicanálise. Porque quando a gente revela qual é o lugar mais importante da casa, a gente revela também o lugar preferido da alma. Nas Minas Gerais onde nasci o lugar mais importante era a cozinha. Não era o mais chique e nem o mais arrumado. Lugar chique e arrumado era a sala de visitas, com bibelôs, retratos ovais nas paredes, espelhos e tapetes no chão. Na sala de visitas as crianças se comportavam bem, era só sorrisos e todos usavam máscaras. Na cozinha era diferente: a gente era a gente mesmo, fogo, fome e alegria. (...)

    Segue o link pra quem quiser ler o texto todo!
    http://www.rubemalves.com.br/cozinha.htm

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